domingo, 19 de julho de 2015

Com menos produção, PIM dá férias coletivas e começa a demitir em massa



 
 
 
Pressionada pela crise que afeta o polo de duas rodas, a Yamaha Motor da Amazônia paralisará duas linhas de montagem da sua fábrica do Polo Industrial de Manaus (PIM).
  

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindimetal-AM), cerca de 1.000 trabalhadores ficarão em casa por 18 dias, a partir da próxima sexta-feira (17), até o dia 4 de maio.
O diretor sindical do Sindmetal-AM, Cristóvão Trovano, disse que com a paralisação, a empresa busca amenizar a redução de custos e de estoque. Segundo ele, as duas linhas de montagem representam cerca de 50% do quadro de funcionários da Yamaha que diminuiu o plano fabril anual em 12%, em relação ao ano passado.
“Serão em média 20 mil motocicletas a menos que em 2014”, apontou.
O sindicalista disse que a empresa se comprometeu em repor os dias paralisados em outro momento, quando houver recuperação no mercado de duas rodas do país. “A empresa nos garantiu a reposição dos dias e a manutenção dos nossos empregos”, informou o trabalhador.
Trovano contou que a Yamaha não prevê mais nenhuma paralisação como essa. Somente as férias coletivas que foram acordadas pelo setor com o sindicato para os meses de julho e dezembro desse ano.
“O polo de duas rodas passa por um momento ruim. A Honda já fez revezamento. Agora é a Yamaha que fez duas turmas. Uma paralisa e a outra continua os trabalhos”, observou.
Investimento e recuperação”
Diferente do que afirmou o Sindmetal, a Yamaha informou em nota que, em virtude da diminuição do plano fabril, adotou paralisação de sete dias úteis, em duas de suas quatro linhas de produção.
A paralisação, conforme a nota, ocorrerá em dias alternados, entre 9 e 30 de abril. A montadora garantiu ainda que a compensação dos dias será realizada posteriormente e informou que o objetivo da parada é adequar o volume de produção à atual demanda do mercado.
O diretor sindical do Sindmetal, Sindney Silva, que atua na Moto Honda da Amazônia, informou que a fábrica não deu sinais de que precisará fazer paralisação de linhas de montagem.
A assessoria da companhia disse que a multinacional japonesa segue com investimentos de olho na recuperação do setor
 

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