terça-feira, 25 de agosto de 2015

É preciso conhecer a atividade e arregar as mangas.




Ser dono do próprio negócio é o sonho de milhões de brasileiros. No imaginário popular, abrir uma empresa significa ganhar muito dinheiro, trabalhar pouco, ter horário flexível e outras regalias. Mas poucos conhecem os obstáculos e os sacrifícios enfrentados por empreendedores que acreditaram em seu projeto e que hoje se tornaram referência no setor em que atuam.
Nesse grupo de lutadores exitosos estão nomes como José Azevedo, presidente do grupo TV Lar; Sidnei Pedrosa, presidente do grupo DB; Francisco e Marianna Daou, proprietários da rede Waku Sese; e Milene Ribas e Maurício Pardo, proprietários da Bárbaros Confeitaria.
 Aos 79 anos, José Azevedo tem uma história marcada pela dedicação ao trabalho e pela perseverança. Português da cidade de Albergaria-a-Velha (Distrito de Aveiro), Azevedo chegou a Manaus em novembro de 1934 junto com seus pais, com pouco mais de um ano de idade. A necessidade de trabalhar começou na infância, já que precisava entregar as roupas que sua avó lavava e engomava para a clientela.
Aos 17 anos, passou a consertar rádios na função de rádio-técnico. A competência na atividade fez com que Azevedo se tornasse muito conhecido na cidade. Para atender à demanda das empresas de assistência técnica e dos clientes, ele criou em 1964 a “Importadora TV Lar”, que vendia peças para rádio. Quase 50 anos depois, a empresa deu origem a um grupo de 28 lojas da marca, uma rede de concessionária de motos Yamaha e ao Manaus Plaza Shopping.
“Para empreender tem que conhecer o mercado, tem que acreditar e tem que trabalhar”, resume José Azevedo, que também é sócio da fábrica Yamaha Motor da Amazônia.
Dentre as dificuldades enfrentadas pelo empresário, ele cita os dois incêndios que ocorreram no Plaza Shopping em 2008 e um incêndio sofrido há 22 anos pela loja central, na rua Henrique Martins (Centro), que destruiu toda a mercadoria importada.
“Quase eu perco o prédio da sede. Escapei de morrer, fiquei todo queimado. É terrível ver seu patrimônio pegar fogo. Tive vontade de desistir, mas meus filhos e funcionários me incentivaram. As barreiras existem. Quantas vezes eu chorei sozinho porque tinha que seguir em frente, mas não tinha com quem dividir as dificuldades”, lembra.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O caminho das águas



Em 2007, a Coca-Cola tentou emplacar no Norte do Brasil sua água Aquarius, mas teve de abandonar a experiência depois de alguns meses. A bebida, que tem prazo de validade de 90 dias, demorava quase um mês para chegar a alguns destinos. Com isso, o tempo para vendê-la nesse mercado era tão pequeno que não compensava o investimento de transporte. No passado, outro produto da companhia sofreu com as intempéries da região. Até o final da década de 70, a Fanta Laranja chegava ao Acre descolorida. 
Durante a viagem, o sol castigava tanto os engradados que fazia a cor artificial do refrigerante desaparecer. O problema foi resolvido com a inauguração de uma fábrica da Coca-Cola no Acre. Mesmo assim, nos primeiros tempos de vendas, parte dos consumidores estranhou o produto. “As pessoas chegavam no mercado e pediam a Fanta ‘branca’, que era a que elas conheciam”, diz Antonino Araújo, que na década de 70 trabalhou como diretor do grupo Simões, empresa distribuidora da Coca-Cola no Amazonas. 
Em razão dos problemas enfrentados por terra e água, a distribuição de cargas na Região Norte por transporte aéreo vem ganhando força como alternativa, ainda que isso resulte em despesas maiores. Num percurso de aproximadamente 1 000 quilômetros, que vai de Manaus até Parintins, por exemplo, a entrega de uma encomenda de 100 quilos realizada por avião custa 2 000 reais, o equivalente a 20 vezes o valor cobrado no transporte fluvial. Muitas vezes, porém, a agilidade do serviço compensa essa diferença de preço. 
“Uma carga retirada do aeroporto de Guarulhos às 20 horas estará em Manaus, já liberada para ser distribuída, por volta das 10 horas da manhã seguinte”, afirma Marcus Sabino, executivo de contas da companhia de transportes aéreos Atual, de Manaus. Para gozar dessa agilidade, a filial brasileira da fabricante americana de brinquedos Mattel embarca desde carrinhos Hot Wheels até as bonecas Barbie e Poly de avião para a Amazônia. 
Atualmente, a Mattel envia duas cargas mensais de brinquedos, com 300 quilos cada uma, para Manaus. “O desafio é não repassar esse custo extra com a distribuição para o consumidor final”, diz Ricardo Roschel, diretor de operações da Mattel.
 “O desempenho de vendas em estados como Amazonas e Pará tem sido muito bom para a empresa, o que ajuda a equilibrar o custo da operação.” Por causa da demanda de clientes como a Mattel, o mercado de táxi aéreo da Região Norte anda bastante aquecido. 
A Amazonaves, de Manaus, uma das companhias que prestam esse serviço, dobrou seu movimento nos últimos cinco anos com a entrega de insumos para a Petrobras e de bens de consumo como roupas, cosméticos, bicicletas, produtos eletrônicos e computadores para distribuidores locais. Mas se as rodovias sofrem com buracos e as hidrovias com a falta de portos, o transporte aéreo padece com as chamadas “zonas escuras”. “Somos desprovidos de informações de Vôo, não existe nenhum apoio no interior da Amazônia para a navegação aérea”, afirma Geraldo Picão, sócio-fundador e piloto da Amazonaves. Em 2002, um piloto da empresa fez um pouso de emergência numa área de mata fechada e seu corpo só foi encontrado 90 dias depois.
Outra dificuldade é com o abastecimento, já que, além da capital Manaus, apenas quatro municípios – separados entre si por 3 horas de vôo – têm estrutura para abastecer os aviões. “Voamos com aviões Caravan, que têm apenas 6 horas de autonomia de vôo, o que é um complicador”, diz Picão.
No estado de São Paulo existe um aeroporto para abastecer a cada 15 minutos, o que dá uma idéia da aridez aeroportuária da Amazônia.
Com características tão peculiares, mesmo o transporte de uma garrafa de refrigerante apresenta desafios na Amazônia quando o destino da entrega é em localidades como Guajará, na fronteira do Amazonas com o Acre. “Talvez esse seja o nosso destino mais complicado, a começar pela distância”, diz Aristarco de Paula Neto, presidente do grupo Simões, que distribui os produtos Coca-Cola na região. Partindo de Manaus, em linha reta, seriam 1 300 quilômetros até Guajará, mas não há rodovia que ligue as duas cidades. 
A única rota possível é a fluvial, primeiro pelo rio Solimões, depois afluentes cada vez menores até o rio Juruá – o que resulta em 4 600 quilômetros da capital do estado até a cidade, a última fronteira da Amazônia. 
Apesar do uso intenso dos rios, eles nunca foram devidamente mapeados e não existe orientação oficial quanto à localização dos temidos bancos de areia, o que, não raro, causa acidentes. “Já perdemos cargas inteiras com barcos que tombaram após colisão com os bancos de areia”, disse Paula Neto. “No final das contas é a experiência do nosso caboclo que faz a balsa chegar ao destino.”  Portal Transporta Brasil

No período de Cheia nos Rios da Amazônia.



                                   No período de Chuvas e Cheia dos Rios da Amazônia.

Quando falamos que a logística na região norte é diferente de qualquer outra região do Brasil, não é atoa. A resolução mais rápida para o desbarrancamento na BR364 ( Sempre desbarranca em período de Chuvas ) é a construção de uma ponte provisória pelo Exercito, a mesma tem capacidade limitada, as cargas maiores são direcionadas para um desvio que dura meio dia de viagem, mas nem todas as carretas conseguem utilizar o desvio, devido as dimensões de suas cargas. A cratera que normalmente se abre pelo transbordamento de um igarapé na altura do quilômetro 703 da BR-364  atrasam as obras das UHEs do Madeira e dificultam a exportação da soja produzida no Mato Grosso.
No caso das hidrelétricas, a interrupção da rodovia impede o transporte; inviabilizando o transporte até Porto Velho de grandes equipamentos, que não podem passar pela ponte, cuja travessia está limitada a veículos pequenos e caminhões de até cinco eixos. Por outro lado, as carretas de grandes dimensões utilizadas nestes casos são muito largas e altas para passar pelas ruas por onde é feito o desvio do tráfego da BR. Com isso, os equipamentos transportados por rodovia é desviados em Mato Grosso para o porto de Belém, de onde seguem para Manaus até Porto Velho, com um atraso de três meses na entrega da carga se comparado ao tempo que seria gasto no transporte pela BR-364. A Seção de Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal,  informa que diariamente 5 mil veículos passam pela BR-364, dos quais aproximadamente 800 carretas fazem o transporte de soja, da safra no Mato Grosso. Como a ponte metálica do quilômetro 703 impõe limites para o volume de carga, os grãos serão transportados em caminhões de menor porte. Somando este fator com a lentidão do tráfego na BR e os engarrafamentos formados em Porto Velho, dá para afirmar que haveria um atraso para a entrega da soja, impedindo o cumprimento de prazos firmados em contratos, como é comum em negócios desta monta.
Ponto de ligação entre o sul e o norte do Brasil, a BR-364 é utilizada para abastecer os estados de Rondônia e Acre e mais Amazonas e Roraima, via Hidrovia do Madeira. Milhares de carretas diariamente passam pela rodovia transportando, alimentos, combustível, veículos e medicamentos entre outros produtos. O Ministério Público Estadual tem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) Polícia Rodoviária Federal, Prefeitura de Porto Velho, Governo do Estado e empresas que utilizam a rodovia, onde está acertados prazos para que o DNIT  providencie o conserto na Rodovia. sempre que se fizer necessário.   Marcus Lima.

Logística da Unilever na Região Norte


                                     A Logística do Sorvete - KIBON

Canoas para transportar sorvetes, pousos de emergência de aviões no meio da selva, crateras nas rodovias e outros lances da epopeia logística enfrentada pelas empresas para entregar suas mercadorias na Região Norte do país. Em São Gabriel da Cachoeira, município de 40 000 habitantes às margens do rio Negro, no Amazonas, uma criança toma um sorvete que viajou quase 10 000 quilômetros durante três semanas para chegar até ela. A epopeia começa no centro de distribuição da Kibon, do grupo Unilever, na cidade de Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. De lá, mensalmente, saem comboios de carretas carregadas de produtos em direção às capitais da Região Norte do país. O trajeto rodoviário de 2 900 quilômetros até Belém, no Pará, consome cinco dias. Desse ponto, começa a etapa fluvial do percurso. Os caminhões seguem de balsa até Manaus, onde parte da carga passa a ser transportada em catraias, gaiolas e outras pequenas embarcações que abastecem vilarejos como São Gabriel da Cachoeira. Em alguns casos, um freezer horizontal, mesmo fora da tomada, serve como isolante térmico para preservar o carregamento. Em outras situações, quando os trechos permitem apenas a passagem de canoas, os sorvetes são levados em caixas de isopor com gelo seco. Por causa dessa complicada logística, os preços dos produtos sofrem um acréscimo de aproximadamente 10% até o destino. O ritmo de aumento do consumo nos estados do Norte do país é um dos principais motivos que levam uma empresa como a Unilever a fazer todo esse esforço logístico. Entre 2002 e 2005, dados mais recentes do IBGE, a taxa de crescimento da economia da região foi de 15%, a maior do Brasil durante o período. A operadora de celulares Vivo, por exemplo, registra um crescimento médio de assinaturas no Amazonas e no Pará de 48% nos últimos anos, o triplo do índice registrado em São Paulo. Em 2007, na Região Norte do país as vendas de cervejas ultrapassaram os 800 milhões de litros e as de refrigerantes somaram 1,2 bilhão de litros, recordes históricos. Todo esse crescimento, é verdade, vem ocorrendo a partir de uma base pequena. No caso dos sorvetes da Kibon, o consumo total da região é equivalente a um décimo do registrado no interior do estado de São Paulo. Mas hoje, para as empresas, importa mais a expectativa de crescimento que o tamanho do mercado. “Se deixarmos de abastecer o interior do Pará e do Amazonas, os concorrentes podem tomar conta de tudo”, afirma Marcelo Furtado, gerente de logística da Unilever.

Programa de Investimentos em Logística




O Governo Federal - lançou em Agosto/15 o Programa de Investimentos em Logística. Criado para melhorar a competitividade logística do país, o pacote visa beneficiar micro e pequenas empresas, principalmente as mais preparadas para atender aos grandes consórcios nacionais.
A presidente Dilma Rousseff disse à imprensa que o Programa tem o objetivo de reduzir custos em transportes, tornando a economia mais competitiva. Para a realização do projeto, o governo federal prevê investimentos de R$133 bi em nove trechos de rodovias e em 12 de ferrovias.
De acordo com o consultor do Sebrae em São Paulo, Reinaldo Messias, os benefícios podem acontecer em curto prazo para as pequenas empresas prestadoras de serviços como alimentação, vestuário e papelaria; ou em médio prazo, para os interessados em diminuir o custo do frete. O consultor dá alguns conselhos para melhorar a competitividade da empresa, como a qualificação da mão de obra e investimentos em TI.
Segundo Messias, o governo está dando um “anabolizante” ao mercado. “É só uma questão de usar a razão, perceber a oportunidade e tomar as decisões necessárias”. O profissional avalia as micro e pequenas empresas sob três aspectos: “o ombro direito, que dá sustentabilidade ao pequeno empresário, é a tecnologia de gestão, a exemplo da produtividade, mão de obra, entre outros. Já o esquerdo é o mercado, pois normalmente depende de fatores externos. A cabeça, por sua vez, é o comportamento do empreendedor, que vai determinar o quanto à frente da concorrência ele quer que o seu negócio esteja”, ressalta o consultor.
Quem compactua com a mesma opinião é o também consultor do Sebrae, Jean Fabio de Oliveira. “A questão da competitividade passa ainda pela adaptação da empresa aos novos processos e ao desenvolvimento de novos produtos. É a chamada inovação. Os empreendimentos que pensarem desta forma poderão aproveitar o pacote do governo federal”, encerra Oliveira.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Temporada de Cruzeiros se inicia em novembro 2015/16

www.portodemanaus.com.br

m Manaus, no dia 10 de julho de 2015, foram celebrados 10 anos de operação do navio Iberostar Grand Amazon, construído no Amazonas para oferecer aos turistas que visitam nossa região, uma confortável opção de transporte para conhecer um pouco das belezas da Amazônia.
Os Diretores Judson Drummond e Raimundo Nonato marcaram presença no evento em comemoração à primeira década de operações do navio Iberostar Grand Amazon, representando as empresas arrendatárias do Porto Público de Manaus, que tiveram, durante esse período, participação decisiva na vinda do Iberostar para o Amazonas.
O Diretor Presidente das arrendatárias, Judson Drummond, que já experimentou esta opção turística, afirma: “O Iberostar tem um grupo de colaboradores muito bem treinados e com muita competência recebem os turistas brasileiros ou estrangeiros, tornando mais rica ainda a experiência de conhecer a Floresta Amazônica. Trata-se de uma das melhores prestações de serviço hoteleiro e turístico da região”.
Durante o evento, os colaboradores que fazem parte deste seleto grupo foram premiados por sua dedicação ao longo de vários anos de serviços prestados.
O atual Diretor Geral do Iberostar Grand Amazon, Sr. Arnaud Le Lanchon, deu um rápido depoimento sobre o evento:
"Foi um prazer reunir todos os colaboradores, acompanhados de seus entes queridos, para uma festa tão especial. São dez anos do nosso navio navegando pelo Amazonas. A festa foi cem por cento dedicada a cada colaborador e sua família, além de prestadores de serviço de longa data, tendo eles a oportunidade de mostrar a seus familiares o orgulho que cada um possui pela empresa, e um pouco do trabalho que executamos nessa primeira década, da melhor forma possível.
Foi também uma maneira de o Iberostar agradecer a todos os que fizeram e fazem parte dessa aventura e história de sucesso! O Iberostar Grand Amazon já recebeu mais de 40 mil turistas e navegou mais de 436 mil quilômetros.
Temos um imenso carinho por todos, desde os colaboradores que estão conosco há pouco tempo, até os que, junto com o navio, completaram dez anos de dedicação.
Tendo em vista que são eles o capital mais importante de nossa empresa, todos desfrutaram de uma noite de gala, na qual foram as estrelas, com direito a homenagens, premiações de reconhecimento por tempo de serviço e principalmente,  muita alegria.
A todos eles a nossa gratidão por fazerem parte da família Iberostar Grand Amazon.” Arnaud Le Lanchon
As empresas arrendatárias do Porto Público de Manaus se associam a todos para parabenizar os idealizadores e os que ao longo destes 10 anos tem proporcionado este magnifico serviço turístico, desejando igual suce