Ser
dono do próprio negócio é o sonho de milhões de brasileiros. No
imaginário popular, abrir uma empresa significa ganhar muito dinheiro,
trabalhar pouco, ter horário flexível e outras regalias. Mas poucos
conhecem os obstáculos e os sacrifícios enfrentados por empreendedores
que acreditaram em seu projeto e que hoje se tornaram referência no
setor em que atuam.
Nesse
grupo de lutadores exitosos estão nomes como José Azevedo, presidente
do grupo TV Lar; Sidnei Pedrosa, presidente do grupo DB; Francisco e
Marianna Daou, proprietários da rede Waku Sese; e Milene Ribas e
Maurício Pardo, proprietários da Bárbaros Confeitaria.
Aos 79 anos, José Azevedo tem uma história marcada pela dedicação ao trabalho
e pela perseverança. Português da cidade de Albergaria-a-Velha
(Distrito de Aveiro), Azevedo chegou a Manaus em novembro de 1934 junto
com seus pais, com pouco mais de um ano de idade. A necessidade de
trabalhar começou na infância, já que precisava entregar as roupas que
sua avó lavava e engomava para a clientela.
Aos
17 anos, passou a consertar rádios na função de rádio-técnico. A
competência na atividade fez com que Azevedo se tornasse muito conhecido
na cidade. Para atender à demanda das empresas de assistência técnica e
dos clientes, ele criou em 1964 a “Importadora TV Lar”, que vendia
peças para rádio. Quase 50 anos depois, a empresa deu origem a um grupo
de 28 lojas da marca, uma rede de concessionária de motos Yamaha e ao
Manaus Plaza Shopping.
“Para
empreender tem que conhecer o mercado, tem que acreditar e tem que
trabalhar”, resume José Azevedo, que também é sócio da fábrica Yamaha
Motor da Amazônia.
Dentre as dificuldades enfrentadas pelo empresário, ele cita os dois incêndios que ocorreram no Plaza Shopping em 2008 e um incêndio sofrido há 22 anos pela loja central, na rua
Henrique Martins (Centro), que destruiu toda a mercadoria importada.
“Quase
eu perco o prédio da sede. Escapei de morrer, fiquei todo queimado. É
terrível ver seu patrimônio pegar fogo. Tive vontade de desistir, mas
meus filhos e funcionários me incentivaram. As barreiras existem.
Quantas vezes eu chorei sozinho porque tinha que seguir em frente, mas
não tinha com quem dividir as dificuldades”, lembra.
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